sábado, 28 de julho de 2007

SOS Rio Uberaba

Em 2003, recém chegado à Uberaba e chocado com a poluição do Rio Uberaba, registrei algumas imagens em preto e branco, num trecho de aproximadamente 100 metros, localizado na cidade e próximo da avenida denominada Via Verde. Além do Rio Uberaba, fotografei seu afluente – um esgoto a céu aberto –, nos fundos da Fundação Cultural de Uberaba. A ausência de cores nas fotos denunciava a verdadeira cor plúmbea das águas.
Em 2007, quando novamente voltei a fotografar o mesmo local, agora em cores, a constatação foi a mesma: o rio continuava poluído e teimava em sobreviver, com sua bela mata ciliar e com uma fauna que resistia à poluição e ao mau cheiro.
A água é o nosso bem mais precioso: constitui dois terços de nosso corpo e 70% da superfície da Terra. Menos de 1% da água terrestre é água doce e própria para consumo humano.
No Brasil, apesar de ter a maior bacia hidrográfica do mundo, se o consumo continuar no ritmo atual, cerca de 30% da população poderá ter de racionar água até 2025.
A água está se tornando, progressivamente, um dos principais focos de conflito do presente século. Mas, infelizmente, ela continua sendo tratada como uma dádiva eterna que não precisa de cuidados: desperdiçamos, poluímos e desprezamos o nosso bem mais precioso.


















































sexta-feira, 20 de julho de 2007

Serra da Canastra

Em julho de 2007, fizemos uma inesquecível excursão ao Parque Nacional da Serra da Canastra. Uma paisagem de tirar o fôlego: ar puro, chapadão a perder de vista, longínquas montanhas, céu de um azul intenso. As grandes ondulações de terreno, com predominância da vegetação rasteira, constituíam uma paisagem única. Uma rara e deliciosa sensação de ser único naquela imensidão.
Época de extrema seca, as matas ciliares eram isoladas e destacadas manchas verdes numa imensa planície de tons desvanecidos. Raras flores se destacavam e algumas poucas aves (seriema, urubu-rei, maria-branca, maria-preta, bico de pimenta, tico-tico, caracará e outras por nós desconhecidas) davam sinal de vida. Para nossa frustração, não encontramos as grandes atrações: o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o veado-campeiro. Antes de iniciar a saída do Parque, a parada obrigatória para visitar a nascente do Velho Chico.
Após 60 km de estrada de terra, descemos a serra e rumamos para o vale com vista privilegiada do belo, imponente e magnífico maciço da Serra da Canastra. Outras surpresas nos esperavam: a saborosa comida preparada pela alegre e descontraída Marly, o contato com o Rio São Francisco, a visita imperdível à Cachoeira Casca D’Anta – 186 metros – e o estonteante vôo de ultraleve sobre o vale e o chapadão da Serra da Canastra.