Durante minhas caminhadas pelas ruas de Uberaba, fui captando cenas de lugares e de pessoas comuns, que todo mundo vê, mas que ninguém mais percebe por vários motivos: pressa, desatenção, familiaridade, desinteresse, descompromisso.
Casarões remanescentes – que, no passado tiveram momentos de glória e hoje se encontram maltratados e em avançado processo de deterioração – à espera de restauração e inclusão definitiva à memória arquitetônica da cidade. Ruínas, prédios inacabados e abandonados que outrora foram projetos.
Ruas – artérias vivas das cidades – por onde circulam, carros, motos, bicicletas, carroças, mendigos, pedintes, passantes solitários, trabalhadores, num ir e vir sem cessar. Pessoas sentadas, na fila de espera por um documento ou uma esperança, aguardando o tempo passar ou uma condução para o retorno à sua moradia.
Praças, parques, jardins, flores, pássaros, natureza, árvores cortadas, lazer, pessoas se exercitando, se divertindo.
Imagens e registros de uma cidade, aparentemente calma e monótona, mas nada paradisíaca.