De 19 a 24 de abril de 2012, estive em São Luís participando
do 50º Campeonato Brasileiro Master de Natação. Uma oportunidade para conhecer
a cidade fundada pelos franceses, em 1612. O primeiro impacto ficou por conta
do calor – quente e úmido – aplacado pelo ar condicionado do taxi. Segundo o
taxista, no Maranhão só existem duas estações: inverno e verão. “Estamos no inverno”, disse ele!
Sem visitar os badalados Lençóis (considerada uma das
paisagens mais surpreendente do país) – informação de que não era uma época
oportuna – optamos por conhecer a praia da Raposa e o Centro Histórico de São Luís.
A praia da Raposa, uma pequena réplica dos Lençóis, no dizer
de uma guia turística, com as mulheres rendeiras e sua rica e colorida obra de
arte, formam um contraste com as moradias de madeira construídas sobre
palafitas acima de um mangue poluído, diariamente inundado pela maré alta. Fica
a impressão de que seus residentes se encontram abandonados à própria sorte. No
meio de tanta carência, sobressaem seus moradores com uma bela cor de pele e um
jeito simples, amável e afetuoso.
Cerca de 2.500 imóveis estão tombados pelo patrimônio histórico estadual e 1.000 pelo IPHAN. Parte deste sítio foi declarada Patrimônio Mundial, em 1.997, por ser um conjunto português adaptado ao clima local (utilização de azulejos na impermeabilização das fachadas). O estado deplorável de inúmeros sobrados, casas térreas e solares é de doer a alma!
São
Luís: calor desesperador, história, abandono e descaso, natureza exuberante, manguezal,
fluxo das marés, falta de saneamento básico, dengue o ano todo, moradores
afetuosos, pobreza, bumba meu boi, artesanato, arte e cultura indígena, Casa de
Nhozinho, arroz cuxá, deliciosos pratos de frutos do mar.
Fluminense - Equipe Média Campeã
Bumba Meu Boi - apresentação no Campeonato de Natação
Pequenos Guias Turísticos
Pescadores
Madeiras do Mangue - reparação diária do curral
Palácio dos Leões - Sede do Governo
Maré baixa
Maré alta
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