segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Mata Atlântica - uma pálida lembrança

No início deste ano, pela manhã, ao longo da Rodovia Anhanguera, no sentido da cidade de Ribeirão Preto-SP ao Triângulo Mineiro, enfrentamos um tempo chuvoso, totalmente fechado, com baixa visibilidade.
A visão de uma paisagem desolada, com raríssimos exemplares de uma outrora exuberante Mata Atlântica, criava um ambiente lúgubre em constraste com a luminosidade que normalmente está presente na região.
A presença de isoladas e pouquíssimas palmeiras, ipês, embaubas, cedros, jequitibás, inseridos num cenário momentâneo de nebulosidade, carregava a lembrança pálida, apagada e muito fragmentada do território original ocupado pela Mata Atlântica.
A Mata Atlântica, originalmente, percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta, ocupando uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica e, atualmente, restam apenas cerca de 5% da sua extensão original.
Em relação ao Estado de São Paulo, a Mata Atlântica cobria 80% do seu território. O início do desmatamento na região fotografada coincide com a formação das primeiras fazendas de café do século 19 e prosseguiu, até hoje, com a produção de álcool e açúcar.
Depois dos 500 anos de ocupação, o que restou da Mata Atlântica está confinado aos poucos corredores ainda existentes ao longo das encostas onde era mais difícil cortar, em especial nas regiões Sul e Sudeste, ao longo das Serras do Mar, Geral e da Mantiqueira. Além desses remanescentes, o que ficou são ilhas isoladas no planalto e na região Nordeste.



















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