domingo, 25 de fevereiro de 2007

Praça da Liberdade

Belo Horizonte foi a primeira grande cidade que conheci. Naquela época, havia um grande êxodo de jovens das cidades do interior que procuravam, na grande cidade, a oportunidade de crescimento escolar, profissional. O contato com um novo mundo, mais trepidante e repleto de novidades, provocava uma grande excitação e carga emocional. Tempos de descobertas, de mudanças embaladas pela música dos Beatles, pela nouvelle vague, pelas pregações do Frei Xico, pelas aulas de antropologia do Rubinger, pelo existencialismo sartreano, pelos movimentos de esquerda, pelo ambiente surreal e bachiano do Bu”Che”co. Momentos precocemente abafados pela TFM, pelo golpe de 1964.
Neste mês, depois de alguns anos, visitei, com certa nostalgia e com outro olhar, a capital mineira. Agora, bem maior, com novas construções, shoppings, concessionárias, locais e bairros transformados, uma nova Savassi. Mas a grande surpresa foi a Praça da Liberdade, ponto de encontro da cidade, com seu estupendo conjunto arquitetônico e paisagístico restaurados: Palácio da Liberdade, Secretarias de Estado em estilo eclético com elementos neoclássicos, construções no estilo Art Decô, prédios modernos como o Edifício Niemeyer e a Biblioteca Pública, coreto, fontes e a exuberante e magnífica aléia de palmeiras imperiais.


























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